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30 de abr. de 2011

Terra Brasilis e o novo Código Florestal, o que te aguarda?

Imagem retirada da internet - Cartunista Angeli.
Muito tem se falado no Brasil e no mundo sobre a ecologia, meio-ambiente e exploração sustentável, principalmente agora em que o clima e o planeta resolveram devolver ao ser humano todas as "gentilezas" que ele cometeu com ambos, e segundo os estudiosos do tema, tudo indica que com o passar dos anos tudo que vem acontecendo ao planeta tende a piorar.

Mudaram até a terminologia, pois é mais abrangente, chamam-na de sustentabilidade. 

É mais ou menos assim; produzir muito, com qualidade e quantidade, impactando o mínimo possível a natureza, que há um bom tempo,como disse, vem pedindo socorro. 

Essa voz porém, vinha sendo calada graças ao corruptos e lobistas de plantão, que ora aqui, ora ali davam um jeitinho de beneficiar esse ou aquele grupo, pouco se importando com as conseqüências ao meio ambiente. 


Em nossas vidas não conseguimos visualizar como essas alterações que mostram-se tão distantes possam ser tão importantes para nós. Acredito que é porque não conseguimos enxergar em escala, conseguimos ver apenas o que está imediatamente após o nosso próximo passo.

Encontra-se no Congresso Nacional uma proposta de alteração atualizando o Código Florestal, esse conjunto de Leis que visa disciplinar o uso do solo e dos recursos naturais de maneira geral para que a tal exploração seja sustentável e é claro passível de punição ao excessos. 


Sei, que existem manifestações de ambos os lados, os ambientalistas gritando, pois a diminuição da mata ciliar ameaça nossos recursos hídricos e a diminuição da área de reserva, concorrerá (segundo eles) para uma maior degradação do nosso já combalido meio-ambiente.
Do outro lado, os ruralistas dizendo que torna-se inviável a exploração da terra, caso seja aprovado o novo código como está, segundo o INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma  Agrária) 90% dos imóveis rurais no Brasil são pequenas áreas com até 4 módulos rurais,  o número absoluto da área varia de acordo com a região do país em que se localiza o imóvel, vamos imaginar algo em torno de 50,00 has (um alqueire em São Paulo equivale a 2,42 has e um hectare equivale a 10.000 m2).


Os dois lados:

O professor Henrich Hasenack se especializou no estudo do Pampa Gaúcho. Ele defende a reserva como vital para o equilíbrio de qualquer ambiente. “Temos interesse de conservar todo tipo de paisagem, se isso vale para uma região, deve valer para outra também”.
A reserva legal é a área de mata nativa que deve ser preservada dentro de uma propriedade rural. O projeto do novo Código Florestal em debate na Câmara dos deputados propõe três tamanhos de reserva na Amazônia Legal: 80% para os imóveis em área de floresta; 35% em área de Cerrado; e 20% nas áreas de campos gerais. Nas demais regiões do país, também 20%.
O projeto inova ao autorizar que a Área de Preservação Permanente, APP, locais frágeis à beira de rios, topos e encostas de morro, seja usada para compor a reserva legal. Ambientalistas defendem a reserva legal como um benefício também para a agricultura. 
  “A gente tem uma imensa oportunidade de criar uma marca ‘Made in Brazil’ igual a ambientalmente correto, sem contribuir para o desmatamento e sem contribuir para o aquecimento global”, destacou o superintendente de conservação da WWF, Carlos Scaramuzza.
Agora o outro lado. 
 A Confederação Nacional da Agricultura resiste à exigência de deixar uma parte da propriedade intocada.
“Não é justo com os brasileiros que nós possamos diminuir a área de produção de alimentos para depois importar alimentos de países que não tem Código Florestal e muito menos reserva legal”, declarou a presidente da CNA, Kátia Abreu.
Os dois textos foram retirados em: 29/04/2011- 21:30 hs, fonte: http://painelflorestal.com.br/noticias/codigo-florestal/11413/ambientalistas-e-produtores-estao-longe-de-acordo-sobre-reserva-legal
Ao meu ver, um acordo como esse que beneficie o meio ambiente e ao mesmo tempo os produtores e ainda consiga ser ecologicamente correto me parece impossível, pois há extremos dos dois lados, ambientalistas querendo que voltemos ao século XIX e produtores que almejam tirar da terra até o que ele não dá.  Algo deve ser feito, não dá para postergar mais, sob pena de termos de  pagar com a escassez de recursos naturais em breve. 

Darei voz ao Deputado Aldo Rebelo, que nessa entrevista poderá nos ajudar a entender um pouco esse imbróglio:


Quem ganha? Quem perde? Façam as suas apostas!

A título de curiosidade, extrai um gráfico encontrado em um trabalho acadêmico que encontrei no site do INCRA, esse gráfico faz parte de um trabalho intitulado Análise de Estrutura Fundiária Brasileira (fonte:www.incra.gov.br/portal/index.php?option=com...task... página 9,em: 29/04/2011 ás 21:37 hs), que demonstro abaixo.


Espero que ganhe o bom-senso.
Interessante concurso (folder abaixo), onde se premiará a escola e os alunos que ao produzirem um trabalho escolar sobre a preservação dos recursos hídricos e ambientais,participarão de sorteio de prêmios de acordo com a classificação. Excelente iniciativa, que visa fomentar lições de cidadania, pois esses alunos além de desenvolverem o trabalho mencionado acima, ainda ficarão responsáveis por recolher óleos e gordura saturados e entregar esses recipientes nos lugares de coleta.  
Vamos participar, afinal é pelo planeta e cidadania deve ser comum a todos!




8 comentários:

Unknown disse...

Realmente, estamos diante de tantos impasses. Parece que a Teoria do Caos vem ganhando espaço, pois a busca de equilíbrio gera ônus e bônus e ninguém quer arcar com o ônus. Sou favorável ao ponto de vista dos ambientalistas, mas tabmém não podemos deixar de pensar sob a ótica da geografia humana, em que o homem é o grande agente e necessita sobreviver. A questão da diminuição do consumo, da mudança de hábitos e valores requer uma discussão para a qual a sociedade fecha os olhos e tampa os ouvidos. Todos querem mais é consumir: o último modelo de celular, o pc ,mais moderno, trocar de carro a cada novidade...e por aí vai. Duas questões fundamentais nesse processo todo: o consumo e a produção/destino do lixo produzido. Aqui em Minas os projetos educativos fomentados na última década deram lugar agora ao conteudismo, pois os governos estão preocupados não em formar cidadãos, mas em formar consumidores vorazes.Que lamentável... Abraços, querido.

BiscuitVeraMiniaturas disse...

Olá Paulo Sérgio!
Torço para que o bom senso prevalesça e seja possível um acordo, se preciso em outra porcentagem, onde realmente parte da área seja mantida como reserva natural. Afinal, se outros não fizeram o correto,então ninguém mais vai fazer? E afinal a política está estruturada para o aproveitamento de 100% da produção das propriedades?
Pena que não soube antes deste interessante incentivo às escolas.Eu bem que tenho um projeto legal, mas não daria tempo. Tomara que num próximo eu possa pensar em algo para participar com alguma escola daqui de Votorantim.
Abraço,Vera.

Cidadão Araçatuba disse...

Olha que legal,reflexão interessantíssima. Realmente o consumismo Maria Tereza é a tona no momento, e nem o governo quer assumir o ônus, pois já cedeu em algumas das propostas originais, ou seja, os coronéis estão vencendo!
Obrigado pela visita e pelo comentário!

Cidadão Araçatuba disse...

Legal Vera! Se aproveitarem mais da terra, em breve estará exaurida. Espero mesmo que o consenso prevaleça, senão, as próximas gerações, podem ser as últimas, como a vida será possível numa terra inóspita (é o que pode acontecer se findarem os recursos hídricos).
Grande Abraço!
Obrigado pela Visita!

Unknown disse...

Paulo:
Adooooorei a oferta de emprego acima. rsrsrs Você é um barato!
Estou voltando devagarinho à internet, pois procurar imóvel toma um tempo danado. Ufa!
Esse tema exposto é cabeludo. Na minha opinião há exageros em ambos os lados. Agora, o que disse a Pimentinha tá na raiz do problema porque consumismo gera ganância (o pior de todos os pecados).
Creio que essas mudanças climáticas vão acabar forçando alguma solução justa (espero), afinal o ser humano só aprende pela dor, infelizmente ...
abração

Cidadão Araçatuba disse...

Inês (ATENA)estamos contratando viu!
Você tem razão só pela dor, "mas quem disse aquela menina que a dor levaria ao prazer?" John Lennon.
Abração!

Yolanda Hollaender disse...

Amigo Paulo, Cidadão Araçatuba, sempre trazendo trabalho de pesquisa muito interessante!
Hoje, assistindo à (desastrosa largada) Fórmula Indy 300, o comentarista elogiava a Nestlé que se comprometera em plantar tantas árvores quantas fossem necessárias para compensar o gás carbônico emitido pelos carros de corrida. Ora... o homem polui, e depois tenta devolver o "oxigênio"...
Gerações e gerações movidas pelos lucros do consumismo exarcebado, capitalismo e ganância, nunca pensaram nas gerações futuras.
Existem intenções sérias, mas sempre serão combatidas. Ninguém quer sair perdendo... O pensamento geral é que os adultos de amanhã é que tentem resolver os problemas ambientais... Daí não terá mais jeito...
Meu forte abraço,
Yolanda

Cidadão Araçatuba disse...

Falou tudo Yolanda, na verdade ninguém se preocupa com o meio-ambiente, pois, desenvolvem o raciocínio que as próximas gerações é que vão se "arder". E a ganância impera com certeza!
Obrigado pela visita mais uma vez, abração!

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